sábado, 14 de novembro de 2015

Vale a pena pensar nisto... (parte IV)

Ia fazer silêncio (que também fala), mas...


Na sequência dos últimos acontecimentos vê-se e ouve-se muita coisa.
Já li "a humanidade está doente"... Uma parte, sim. Mas também vemos e ouvimos outra parte que tem demonstrado a sua verdadeira essência,  de solidariedade e de indignação para com tanta barbaridade.
Há quem tenha medo e acuse os refugiados de serem terroristas infiltrados... Talvez alguns, mas muitos deles (arrisco-me a dizer a maioria...) são inocentes que fogem precisamente dessa minoria esmagadora e horripilante que não tem limites nem temores, infelizmente...

Vivemos verdadeiramente uma era de terrorismo, já que quem comete estas atrocidades não tem qualquer problema em perder inclusivamente a própria vida... E nós passamos a viver aterrorizados, pensando onde será o próximo, quem serão os próximos... O "como" já vamos sabendo...
Arrisco-me também a dizer que tenho pena desses terroristas, pois estão doentes... doentes da alma e do coração...
E arrisco-me também a admitir que, ideologicamente e humanamente, gostaria de abrir as minhas portas e acolher todos os que fogem de lá...  E se fosse eu?
Mas também vivo aterrorizada com o facto de me calhar uma "maçã podre"... Isto faz de mim uma pessoa horrível, eu sei... E nem imaginam o quão mal me sinto por, por vezes (se calhar demasiadas...), me deixar dominar por este medo. Medo de perder os que me são mais próximos ou de não os conseguir proteger de tamanhas atrocidades...

Espero não chocar nem desiludir ninguém ao dizer que estou, sim, solidária com os inocentes e que ajudarei em tudo o que puder. Mas seria hipócrita se dissesse que vou (quero) escancarar as minhas portas... Tenho medo...

A solução é responder com mais tropas, mais guerra? Não creio que seja esse o caminho. Mas sinceramente não sei qual a melhor forma de acabar com este terrorismo, colocando um fim a esta chacina...

Mas uma coisa é certa, guerra leva a mais guerra. Amor leva a mais Amor. Tenho a certeza que este é o caminho certo, mas também mais difícil, principalmente porque falamos de seres humanos. Estes, que nos governam, estão muitas vezes cegos e sedentos de poder.

E aqui chegámos ao cerne da questão.  Vivemos numa era de tudo ou nada, em que o que importa é o poder e o dinheiro, muitas vezes a qualquer custo (até o da vida humana...).



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