segunda-feira, 4 de julho de 2016

Pensamento da semana

Sobe à montanha, não para seres visto, mas para veres melhor os outros!


domingo, 3 de julho de 2016

Levar a Paz aos outros (e ao Mundo)

Antes de mais, seja qual for a nossa missão nesta vida, para a desempenharmos, não temos de deixar de ser nós próprios, nem de abdicar de nós. Se não amamos e se não somos felizes, não conseguimos levar a paz (a paz que temos dentro) aos outros. Se não estivermos bem connosco mesmos, não conseguimos chegar ao outro e muito menos ajudá-lo nas suas dificuldades.
E para levarmos a paz é necessário três coisas: segurança, sentido e lugar.
  1. Temos de transmitir segurança. E isto acontece se o outro se sentir amado.
  2. A nossa presença tem de fazer sentido, ou pode ajudar o outro a encontrar o sentido. De tal forma que, quando não estamos perto do outro, esse sentido mantém-se.
  3. Experimentar que há lugar para mim, para todos. E ter lugar é ter missão.
E então a pergunta que se faz é esta "sou capaz de levar a paz aos outros?". Ou seja, transmito segurança aos outros? Ajudo-os a dar sentido à vida? Faço o outro sentir que tem lugar; eu tenho lugar?
E agora pensemos nas várias relações que temos... conseguimos levar a paz?

(Obrigada VPM, pela inspiração!)

domingo, 26 de junho de 2016

De coração para coração (parte I)

Qualquer relacionamento, para sobreviver e dar frutos, precisa de ser alimentado. O coração precisa de ser regado.
Existem várias estratégias para criar e estreitar as relações e, se consideram que têm relacionamentos de sucesso, é muito provável que algumas delas já as utilizem, mesmo sem dar conta, sem pensar, quase que de uma forma inata.
Qualquer relação é construída e é um processo com altos e baixos, avanços e recuos, proporcionando momentos de aprendizagem e enriquecimento pessoal e interpessoal. A propósito disto, um dos lemas que adoptei recentemente foi "connect then correct". Porque faz todo o sentido!
Quem é que gosta de ser "corrigido", criticado por alguém que não lhe diz nada, ou até por quem não tem grande ligação e empatia? Se já é tão difícil ouvir coisas negativas sobre nós, quanto mais se isso vier de alguém com quem não temos grande ligação. Quanto mais ligados estivermos a determinadas pessoas, mais facilmente aceitamos o que têm a dizer sobre nós, sobre o nosso comportamento ou atitude, pois à partida saberemos e, sobretudo, sentiremos que o dizem para nosso bem. Claro está que, além da ligação, uma boa capacidade de comunicação e empatia contribuem muito para uma dessas conversas mais difíceis.

Pensando na parentalidade, quanto maior o vínculo entre pais e filhos, maior a probabilidade destes ouvirem os primeiros e de se deixarem orientar e corrigir. Se os ânimos estiverem exaltados e desatarmos a "ralhar", numa tentativa de corrigir os comportamentos da criança, mais dificilmente conseguiremos que elas cooperem connosco. Na verdade, se a criança ou jovem está a fazer uma daquelas birras, ou simplesmente está a "fazer finca pé" connosco, se optarmos por nos ligarmos a ela primeiro, será depois mais fácil de a corrigir. Para isto é necessário que o adulto saiba manter a calma ou aprenda a controlar-se, transmitindo segurança e confiança à criança e, sobretudo, permitindo falar de coração para coração. Há várias estratégias para isto e já muita tinta tem corrido a descrevê-las. Posso dizer que costumo pôr em prática algumas delas (nem sempre consigo, infelizmente, mas esforço-me): dizer que EU preciso de um abraço ou de um beijinho. "Porquê?", pergunta a criança, porque estou a ficar um pouco zangada e, como ela é muito importante para mim,  só isso me vai ajudar a acalmar. Usar o sentido de humor e fazer cócegas também costuma resultar. O importante é não incendiar e não desatar a criticar a criança.
No dia-a-dia há rotinas que ajudam muito a alimentar o vínculo entre pais e filhos. Aqui estão três exemplos:
  1. Bom dia alegria! Acordá-los individualmente e adoptar desde cedo um discurso positivo e motivador (porque hoje é um dia especial, ou porque vai haver uma actividade que gostam muito, ou porque têm uma bela toilette para vestir, ou porque está um dia de sol maravilhoso). Este acaba também por ser um momento especial e único entre pais e filhos, mesmo que por breves minutos (não é isto que faz atrasar para o trabalho... Quando os pais apreçam tudo e todos é que as coisas correm mal, fica tudo mal disposto e sem vontade de cooperar... Isto sim, atrasa e dá mau humor matinal).
  2. Todos à volta da mesa! As refeições em conjunto são momentos por excelência para haver diálogo e partilha e, consequentemente, podermos alimentar relações. Mesmo quando as crianças são pequenas e até se opte por dar-lhes de comer primeiro, os pais poderão dedicar-lhes nesse tempo toda a atenção que elas merecem e precisam. Claro que por vezes a hora de refeição também é momento de tensão, mas nada como "connect then correct". Se isto acontecer, em princípio, as coisas correrão melhor.
  3. Toca a dormir! À semelhança da hora de acordar, a rotina do deitar pode ser também um momento especial entre pais e filhos. Bastam uns 10-15 minutos, para partilhar o que ainda não partilharam, para dizer "gosto muito de ti", para desabafar uma preocupação ou uma alegria. E aquele aconchego final é um toque de magia! Sei que nós pais também estamos mortinhos pelo "nosso" sossego, mas a diferença está em pensar "eu quero deitá-los e dar-lhes o aconchego final", em vez de "eu tenho de...". Na verdade, esta substituição de palavras "eu tenho de" por "eu quero" (porque o tempo passa rápido e eles crescem depressa) faz toda a diferença, dá-nos um poder e motivação excepcional e ajudam a ultrapassar momentos e situações em que parece que já não temos força nem vontade, tal é o cansaço do dia-a-dia.
O segredo está sempre na forma como gerimos as nossas próprias emoções e como reagimos às dos outros. Em relação às emoções dos outros, há que saber escutá-las verdadeiramente e acolhê-las, para que o outro se sinta verdadeiramente compreendido.

sábado, 4 de junho de 2016

It´s all about feelings!

 

E eu diria mais... não são divergências políticas, religiosas, de trabalho, familiares ou desportivas que causam mais discussões e conflitos, são sim os sentimentos, a forma como cada um os gere. É a chamada auto-regulação, que é tão importante para se conseguir manter uma visão mais clara das coisas e uma comunicação mais eficaz, sem tanto ruído. Se as pessoas se sentem ofendidas, erguem muros defensivos à sua volta e tornam-se ofensivas. A auto-regulação, aliada à capacidade de se ser empático, ajuda a criar um mundo melhor! :)

quinta-feira, 24 de março de 2016

Saudades...

Nada como uma época festiva para podermos reunir toda a família!
Nos tempos que correm qual é a família que não tem elementos a residir noutro país? Partem à procura de novas oportunidades, novas aventuras, novas e melhores condições de vida.
É difícil para quem vai, é certo. Muitas saudades! Saudades da família, dos amigos, da comida, do sol, deste cantinho à beira mar plantado...
Pois nós que ficamos também sentimos saudades, e muitas!
Saudades de estarmos todos juntos, das conversas cúmplices e mais frequentes, e até das mais acesas.
Não sei bem como é para quem vai, pois nunca tive essa experiência, mas posso dizer que, para quem fica, parece que o nosso mundo, a nossa vida, estagnou. E que a vida de quem foi para mais longe corre mais depressa. Vivem muitas coisas novas, conhecem e adaptam-se a outras culturas, vivem novas experiências que os transformam. E nós não estamos lá para viver essas transformações, para as sentir, para participar delas...
O que vale são as novas tecnologias que aproximam muito, fazendo a distância parecer, de facto, mais curta...
Agora que vamos reunir-nos toca a aproveitar cada segundo! Um chi-coração apertado ajuda a curar um pouco esta saudade que, na verdade, nunca passa, pois logo depois já dizemos outra vez "boa viagem, até daqui a uns meses..."
Valha-nos todo o amor que sentimos uns pelos outros, que nunca nos deixa verdadeiramente longe, pois estamos/estão sempre no coração!


segunda-feira, 21 de março de 2016

Gosto de Viver!

Gosto de viver!
Gosto de sentir o cheiro da relva cortada, o vento frio na cara, o sol quente a aquecer-me a pele, o ruído das ondas do mar a rebentarem na areia.
Que bom que é poder sentir tudo isto e, mais do que isso, poder reparar que o estou a sentir. Poder parar e dar valor a coisas como estas, tão simples.
Por vezes a rotina e a azáfama do dia-a-dia não nos permitem usufruir destas pequenas maravilhas...
Quando foi a última vez que parou em frente à praia e, de olhos fechados, tentou sentir o sol a queimar-lhe a pele ou o vento a gelar-lhe o nariz, ou as gaivotas a cantar ao som das ondas do mar?
Eu posso dizer que foi ontem. E soube tão bem...
E quando cheguei a casa tudo estava tranquilo, o marido a descansar e as crianças a dormir...
Não há como ter tempo para tudo. Tempo (não só) para o trabalho, mas principalmente tempo para a família e tempo para nós próprios.
Tudo fica mais sereno e mais alegre (eu fico mais serena e mais alegre) e, acima de tudo, podemos usufruir das boas coisas da vida, desde as mais simples às mais complexas e importantes.
Gosto de viver! E, sobretudo, gosto de viver-vos, às pessoas que são mais importantes para mim!


terça-feira, 15 de março de 2016




As crianças e a inteligência emocional

"Uma criança que é emocionalmente inteligente é aquela que sabe (...) tomar as melhores decisões. E porque ninguém nasce ensinado, esta competência depende grandemente do tipo de experiências que vai ter durante a sua infância. Quanto mais positivas forem essas experiências, mais forte e emocionalmente segura será a criança. (...)
Se, por um lado, a literacia emocional é meio caminho andado para a criança tomar consciência de si e gerir as suas emoções, por outro, uma autoestima saudável ajuda-o também a tomar as melhores decisões na sua vida."

(in "Crianças Felizes", de Magda Gomes Dias)