quinta-feira, 24 de março de 2016

Saudades...

Nada como uma época festiva para podermos reunir toda a família!
Nos tempos que correm qual é a família que não tem elementos a residir noutro país? Partem à procura de novas oportunidades, novas aventuras, novas e melhores condições de vida.
É difícil para quem vai, é certo. Muitas saudades! Saudades da família, dos amigos, da comida, do sol, deste cantinho à beira mar plantado...
Pois nós que ficamos também sentimos saudades, e muitas!
Saudades de estarmos todos juntos, das conversas cúmplices e mais frequentes, e até das mais acesas.
Não sei bem como é para quem vai, pois nunca tive essa experiência, mas posso dizer que, para quem fica, parece que o nosso mundo, a nossa vida, estagnou. E que a vida de quem foi para mais longe corre mais depressa. Vivem muitas coisas novas, conhecem e adaptam-se a outras culturas, vivem novas experiências que os transformam. E nós não estamos lá para viver essas transformações, para as sentir, para participar delas...
O que vale são as novas tecnologias que aproximam muito, fazendo a distância parecer, de facto, mais curta...
Agora que vamos reunir-nos toca a aproveitar cada segundo! Um chi-coração apertado ajuda a curar um pouco esta saudade que, na verdade, nunca passa, pois logo depois já dizemos outra vez "boa viagem, até daqui a uns meses..."
Valha-nos todo o amor que sentimos uns pelos outros, que nunca nos deixa verdadeiramente longe, pois estamos/estão sempre no coração!


segunda-feira, 21 de março de 2016

Gosto de Viver!

Gosto de viver!
Gosto de sentir o cheiro da relva cortada, o vento frio na cara, o sol quente a aquecer-me a pele, o ruído das ondas do mar a rebentarem na areia.
Que bom que é poder sentir tudo isto e, mais do que isso, poder reparar que o estou a sentir. Poder parar e dar valor a coisas como estas, tão simples.
Por vezes a rotina e a azáfama do dia-a-dia não nos permitem usufruir destas pequenas maravilhas...
Quando foi a última vez que parou em frente à praia e, de olhos fechados, tentou sentir o sol a queimar-lhe a pele ou o vento a gelar-lhe o nariz, ou as gaivotas a cantar ao som das ondas do mar?
Eu posso dizer que foi ontem. E soube tão bem...
E quando cheguei a casa tudo estava tranquilo, o marido a descansar e as crianças a dormir...
Não há como ter tempo para tudo. Tempo (não só) para o trabalho, mas principalmente tempo para a família e tempo para nós próprios.
Tudo fica mais sereno e mais alegre (eu fico mais serena e mais alegre) e, acima de tudo, podemos usufruir das boas coisas da vida, desde as mais simples às mais complexas e importantes.
Gosto de viver! E, sobretudo, gosto de viver-vos, às pessoas que são mais importantes para mim!


terça-feira, 15 de março de 2016




As crianças e a inteligência emocional

"Uma criança que é emocionalmente inteligente é aquela que sabe (...) tomar as melhores decisões. E porque ninguém nasce ensinado, esta competência depende grandemente do tipo de experiências que vai ter durante a sua infância. Quanto mais positivas forem essas experiências, mais forte e emocionalmente segura será a criança. (...)
Se, por um lado, a literacia emocional é meio caminho andado para a criança tomar consciência de si e gerir as suas emoções, por outro, uma autoestima saudável ajuda-o também a tomar as melhores decisões na sua vida."

(in "Crianças Felizes", de Magda Gomes Dias)

segunda-feira, 7 de março de 2016

Crise de compromisso

"66. A família atravessa uma crise cultural profunda, como todas as comunidades e vínculos sociais. No caso da família, a fragilidade dos vínculos reveste-se de especial gravidade, porque se trata da célula básica da sociedade, o espaço onde se aprende a conviver na diferença e a pertencer aos outros e onde os pais transmitem a fé aos seus filhos. O matrimónio tende a ser visto como uma mera forma de gratificação afectiva, que se pode constituir de qualquer maneira e modificar-se de acordo com a sensibilidade de cada um. Mas a contribuição indispensável do matrimónio à sociedade supera o nível da afectividade e o das necessidades ocasionais do casal. Como ensinam os Bispos franceses, não provém «do sentimento amoroso, efémero por definição, mas da profundidade do compromisso assumido pelos esposos que aceitam entrar numa união de vida total»."
(in "A Alegria do Evangelho", do Papa Francisco)